Setor têxtil: o segundo mais poluente do mundo
Adotar práticas de sustentabilidade dentro das confecções têxteis não é mais uma escolha, e sim uma obrigação. Foi através da preocupação e responsabilidade com o meio ambiente, que a marca de moda Razão Social, apostou em uma produção transparente. Continue lendo para saber mais!
Razão Social: Construindo uma moda justa
A Razão Social foi fundada em 1990 no Rio de Janeiro, na cidade de Petrópolis, pela avó, mãe e tia do Diogo, diretor administrativo da empresa de moda.
Inicialmente, a confecção de roupas trabalhava em parceria com a Justa Trama, uma cadeia produtiva completa que cultiva o plantio do algodão orgânico agroecológico, realizando todo beneficiamento dos tecidos, modelagem, confecção e venda dos produtos.
Após 6 anos produzindo moda com a cooperativa, que exportava a produção de roupas para a Europa, surgiu a oportunidade de investir em um negócio próprio, que imprimisse os anseios das fundadoras para o mercado nacional.
Diogo ressalta: “A Razão Social surgiu desse entremeio. Olhar o processo de forma menos nociva, valorizando a mão de obra, pois a moda impacta várias vidas”.
Principais desafios na confecção
O diretor diz que quando se fala em moda sustentável, pensa na possibilidade de oferecer ao consumidor aquilo que possa servi-lo em todos os aspectos, por isso, atendem desde peças básicas até modelos elaborados de modelagem para alfaiataria.
Um dos principais desafios que a marca percebeu em sua jornada, foi a exigência do público-alvo, que querem ter certeza do que estão comprando, conhecer o processo produtivo e origem da matéria-prima.
Por isso, a confecção teve que encontrar maneiras de deixar claro a origem dos seus produtos, principalmente em compras online, tendo um posicionamento de marca bem munido, parcerias com fornecedores sérios e utilização de fios orgânicos nas peças de roupas, dentre seus fornecedores estão: Aradefe Malhas, Menegotti, Justa Trama, Etno Botânica.
Expansão da empresa
Atualmente a marca atende todo mercado nacional, além da loja online, cresceram e atuam com lojas físicas e espaços com colab de outras marcas em São Paulo.
Dentre seus segmentos, a empresa também atende como Private Label e confecciona uniformes para diversas ongs que têm patrocínio da Petrobras.
Confira um dos looks produzidos pela marca:
Como a Molde.me entra nessa história?
O diretor ressalta que com o surgimento da indústria 4.0, todo o mercado passou pelo processo de automação, com olhar sustentável, diz que através da tecnologia vê a oportunidade de economizar tempo, matéria-prima e mão de obra.
Através do sistema de modelagem digital da Molde.me, percebe que pode ter maior controle de estoque, agilidade ao utilizar o encaixe automático pois não precisa fazer o cálculo de consumo manualmente e maior assertividade da compra de tecidos.
Além disso, a Razão Social trabalha com uma grade de tamanhos personalizada, resultado de muito estudo.
“Todos os moldes de roupas foram projetados para ter um caimento perfeito em qualquer shape”, diz Diogo.
Agilidade logo na primeira ordem de corte
Nesse momento, a marca está digitalizando o acervo de moldes, utilizando a tecnologia da Molde.me pelo Gabarito de Digitalização.
A primeira ordem de corte criada no sistema da Molde.me foi para atender um novo cliente, que trabalha com uma linha de malha premium.
O diretor ressalta que já na primeira ordem de corte, percebeu diferença na mão de obra, pois antes realizava o cálculo de custo e consumo por enfesto manualmente e precisava dispor do tempo de algum colaborador para realizá-lo.
Com o software de encaixe de roupas, tem em mãos um relatório completo de informações, que contribui para a assertividade na compra de tecido e cálculo automático de quantidade de camadas de tecido por enfesto.
Diogo diz: “Indicando a quantidade de peças por tamanho e informações da mesa de corte, o planejador de enfestos calcula automaticamente a quantidade de camadas e enfestos por ordem de corte, diminuindo a mão de obra no processo produtivo. Com isso, a equipe do corte só precisa pôr a malha para descansar e colocar a folha por cima para cortar”.
O próximo passo da empresa é finalizar toda digitalização do acervo de moldes de papel e gradação das peças, para ter todo o processo da confecção automatizado.
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